Você já deve ter tido uma semana estressante em seu ambiente de trabalho, não foi? Agora vamos refletir, quantas pessoas passam por isso durante semanas, meses ou até anos? Muito angustiante, não é?
Existe uma doença associada ao ambiente de trabalho, que se popularizou nos últimos anos, a síndrome de burnout. Esta doença é causada pelo esgotamento mental devido à alta pressão de trabalho, alta demanda de serviços, poucos funcionários, estresse de chefes e diretores e muitas ligações diárias.
Basicamente, podemos dizer que a síndrome de burnout é um transtorno de humor ou condição mental que está diretamente relacionada ao esforço excessivo. Este é um problema bastante complexo que pode levar ao afastamento ou mesmo à aposentadoria de profissionais por invalidez.
Com o início da pandemia muitas empresas adotaram o modelo de home office, portanto a separação entre trabalho e casa se tornou mais difícil à medida que os indivíduos começam a trabalhar em seu ambiente que deveria teoricamente ser de descanso e relaxamento. Consequentemente, a síndrome de burnout cresceu ainda mais nesse período.
De acordo com um relatório divulgado pelas Nações Unidas, o Brasil caiu 12 lugares para 41º no ranking global de felicidade. A pesquisa apontou, em novembro de 2020, que cerca de 78% dos profissionais de saúde apresentaram sinais da Síndrome de Burnout no período da pandemia. Outro estudo realizado pela International Stress Management Association (ISMA-BR) concluiu que o Brasil é o segundo país com o maior número de pessoas acometidas pela Síndrome de Burnout, em decorrência do alto nível de estresse.
A síndrome de burnout é fácil de identificar, mas no início pode ser confundida com outros transtornos, como depressão, ansiedade e estresse. Isso porque a doença envolve tensão, distúrbios psicológicos e até problemas físicos, além de dores de cabeça, dores abdominais e a própria fadiga.
De acordo com o Ministério da Saúde, para melhor entendimento, listamos abaixo os principais sinais e sintomas da Síndrome de Burnout:
- Cansaço excessivo, físico e mental;
- Dor de cabeça frequente;
- Alterações no apetite;
- Insônia;
- Dificuldades de concentração;
- Sentimentos de fracasso e insegurança;
- Negatividade constante;
- Sentimentos de derrota e desesperança;
- Sentimentos de incompetência;
- Alterações repentinas de humor;
- Isolamento;
- Fadiga;
- Pressão alta;
- Dores musculares;
- Problemas gastrointestinais;
- Alteração nos batimentos cardíacos.
O principal fator de risco para a síndrome de burnout é o estresse, pois com o tempo pode se tornar crônico e levar a sérios problemas de saúde. Portanto, é importante estar atento aos sintomas e procurar atendimento médico imediato, se necessário. O cansaço, a dor, a perda de memória e as emoções negativas que as pessoas com síndrome de burnout experimentam não melhoram com o tempo e requerem tratamento especializado.
A síndrome de burnout é um caso tão sério, que foi considerada um problema de saúde mental e doença mental até o final de 2021. Mas a partir de 1º de janeiro de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou oficialmente a doença como “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”. Essa nova classificação terá implicações para os processos trabalhistas relacionado ao assunto. Se um funcionário for à Justiça por excesso de trabalho, a empresa pode assumir a responsabilidade e até pagar uma indenização.
Infelizmente, esta doença não afeta apenas a vida profissional do indivíduo, mas também afeta diretamente a vida pessoal, como podemos observar nos sintomas listados acima. Por isso, é muito importante encontrar um profissional para apoio nessa fase dolorosa, pois não há prazo para as consequências, a menos que um profissional tome uma decisão. A síndrome de burnout pode ser tratada com psicoterapia e, em alguns casos, medicamentos como antidepressivos ou ansiolíticos, segundo o Ministério da Saúde.
A saúde mental é tão importante quanto a física. A Síndrome de Burnout é muito perigosa, principalmente devido a outras doenças mentais que pode desencadear. Se você se reconheceu nos sintomas que listamos neste texto, entre em contato conosco. Agende uma avaliação com um psicólogo que te instruirá como vencer essa síndrome e melhorar sua qualidade de vida.
Estamos com você nessa, saúde mental em primeiro lugar.
